segunda-feira, 21 de março de 2011

Bandeira da Cidade Estado de Guimarães.
(Carregar para ampliar; ver explicação da sua formação aqui.)

As trinta e quatro propostas para Guimarães que este espaço apresentou ao longo de quase um ano encontram-se escrupulosamente alinhadas e identificadas na barra da direita deste blog.

segunda-feira, 14 de março de 2011

34 - Fim de Programa: A Independência de Guimarães.

O Olimpo Vimaranense: símbolo da independência da Cidade. Projecto do Arquitecto Carlos Maria Brandão, a partir de bitaites de Alcides Pacheco e Demóstenes Monteiro. Carregar para ampliar.


Ao longo de um ano, quase todas as segundas feiras, a equipa de proponentes composta por Alcides Pacheco, Carlos Maria Brandão e Demóstenes Monteiro apresentou propostas estruturais, estruturantes, revolucionárias e revolucionantes para a Cidade, Concelho e Região de Guimarães.

Trinta e três sugestões e um interlúdio depois, eis-nos no cumprimento do nosso último dever propositivo, obedecendo a uma lógica programática iniciada com os Jogos Olímpicos de Guimarães 2024 e ancorada, em crescendo, no decretar do Vimaranense como Língua Oficial de Guimarães.

É precisamente nesta esteira gradual e no seu seguimento que, depois deste percurso, apenas uma proposta resta merecedora de total sentido. Vejamo-la com atenção:

Se a cidade, a par da linguagem, é uma das maiores manifestações do humano, a cidade-estado, enquanto modelo governativo, não lhe fica atrás. Um conceito helénico, clássico, desenvolvido pela Itália e Alemanha medievais e renascentistas, assente em território, autonomia e governo próprio. Quem não se lembra – e não sente falta – da boa e velha Esparta, da República de Veneza, da mítica Liga Hanseática? Quem não se deixa fascinar por Singapura, pelo Mónaco e por Hong-Kong?

Caros concidadãos, considerando o modelo teórico-governativo acima apresentado, considerando o actual estado calamitoso do país, o seu patético e ilógico centralismo, chegou a hora de promover a desanexação de Guimarães da República Portuguesa e a sua conversão na Cidade Estado de Guimarães. É este o caminho do futuro de Guimarães, do seu Termo e de suas Gentes.

A proclamação da independência seria proferida da janela do Museu de Alberto Sampaio para um Campo da Feira pejado de pessoas. O Campo da Feira passaria a denominar-se Campo da Independência, com o devido Obelisco da Vimaranensidade, inspirado nesta proposta, alinhado na rotunda com fontanário.

Os proclamadores da Independência passariam a denominar-se Pais Fundadores, denominação essa extensiva a Mumadona Dias e a Afonso Henriques, com a nuance de Mãe Fundadora para a Condessa.

A independência celebrar-se-ia com a composição de vinte e quatro óperas alusivas ao tema, que seriam apresentadas anualmente aqui e com a realização de um grande prémio de Fórmula 1 no já famoso AUIG. O Grande Prémio teria sempre a participação de um piloto da cidade, escolhido entre os melhores alunos das escolas de condução de Guimarães.

O modelo governativo da Cidade Estado de Guimarães seria o triunvirato, à antiga Romana, mas fruto de um processo eleitoral. O triunvirato seria acessorado por um Senado e por uma Assembleia da Cidade, com competência legislativa. À antiga Grega, cumprido um ciclo governativo, os governantes retirar-se-iam da vida política activa. Seriam Ministérios do Triunvirato: Artes, Obras, Caridades, Higienes, Tesouro, Instrução, Sport, Justiças, Virtudes, Securitas e Polis.

A Polícia, ligada ao Ministério da Securitas, seria designada de Móina. Os Serviços de Informação seriam os Móina à Paisana. Toda a segurança da Cidade Estado seria coordenada a partir do Quartel Militar de Guimarães, uma espécie de Pentágono Vimaranense.

A moeda oficial seria não o Euro mas o Loudel, inspirado no de D. João I que cá se dá a ver. Um Loudel valeria cem Euros. O Loudel seria cunhado pelo Banco Central de Guimarães.

A Cidade Estado de Guimarães adoptaria a elementar bandeira Afonsina com a aposição do Escudo de Armas de Guimarães na intersecção da cruz. O Escudo de Armas de Guimarães é criado a partir do Escudo Português - país que Guimarães deu à luz e do qual fez parte durante quase nove séculos -, e da Árvore do Cavalinho, como símbolo de perpetuidade e crescimento eterno. O mote da cidade é Ne Conjugare Nobiscum e está inscrito ao longo do escudo. O modelo final da bandeira pode ser visto aqui.

O Campo de S. Mamede receberia as sedes da independência de Guimarães, dando sentido à expressão Colina Sagrada: a Sede do Triunvirato seria o edifício da Câmara Municipal de Guimarães, simbolicamente igual ao que se projectou para aqui. A Sede do Senado e da Assembleia da Cidade seria a Ágora, um projecto de natureza parlamentar, a edificar-se no Campo de S. Mamede, onde hoje se encontra a Igreja de S. Dâmaso que, mais uma vez, é transferida para local a designar.

A Cidade Estado de Guimarães, por ter o Vimaranense como Língua Oficial, fará parte da CPLP.

O Erário Público da Cidade Estado de Guimarães desenvolveria todos os esforços para que Guimarães tivesse:
a) um acelerador de partículas
b) uma central Nuclear em Balazar
c) um instituto de Energia Nuclear em Sande
d) uma bíblia de Gutenberg, na esteira do que se postulou aqui.
e) uma bomba de protões.
f) um Da Vinci
g) um Porta-Aviões ancorado no estuário do Ave.

Vamos em frente, Oh, Guimarães?
Somos homens ou somos ratos?
Tua magnanimidade à escala mundial, sim é toda a nossa aspiração, ou quê?


Alcides Pacheco, Carlos Maria Brandão, Demóstenes Monteiro fecerunt, Respublicae Vimaranensis, 2010-2011.

segunda-feira, 7 de março de 2011

33 - O VIMARANENSE COMO LÍNGUA OFICIAL DE GUIMARÃES

Regressados em força às proposições da, para e pela vimaranensidade, hoje apresentamos uma ideia assim a modos que espectacular. Como é do conhecimento de todos, a identidade começa na língua. Já Fernando Pessoa, falador de português, o dizia e nós, evidentemente, concordamos. Se a pátria de Pessoa era a língua portuguesa, a Pátria dos vimaranenses, para além de Guimarães e do seu termo, deverá ser também o vimaranense enquanto língua.

Chegou, pois, a hora, de transformar as nuances orais e escritas do nosso dialecto, emancipando o Vimaranense enquanto língua, tornando-o língua autónoma do Português (mas muito parecida com este) e língua oficial de Guimarães. O Vimaranense será mais uma língua da família Galaico-Portuguesa. Desenganem-se os crentes na herculeidade deste emprendimento. Já vários notaram as especificidades vocabulares do Concelho. Há apenas que sistematizar um bocadinho e contratar dois bons linguístas que, pagos a peso de ouro, defendam a herança histórica milenar disto que estamos para aqui a escrever.

Eis, por agora, o alicerçamento básico da Língua Vimaranense:
- Uso abusivo do "w" para prolongar e inserir a vogal oral posterior "u".
Exemplo: Afwonso.

- Uso obrigatório e compulsivo do “b” em vez de todos os “vv”.
Exemplo: bibissecaçoum.

- Uso do “um” em vez de “ão”.
Exemplo: Num sei.

- Uso de "am" em vez de "ão".
Exemplo: nam sei.

- Uso de “aáins” em vez de “ães”.
Exemplo: Cepaáins.

- Uso moderado do plural em “sh”.
Exemplo: Cão/Cainsh.

Exemplo de construção frásica em Vimaranense:
Bens ao Pworto whoij? Num bou, fico'm em Guimaráins, log jogó Bitória e eu bou ber e depoish bou jogar pceberico pró apartamwento do Quim da Awntéla.

Para que este projecto se cumpra, é necessária a adopção rápida e eficaz das seguintes medidas:
- ensino em vimaranense nas escolas do ensino básico, secundário e superior do concelho de Guimarães. No ensino básico e secundário o português passa a ser língua de opção, ao lado do Inglês e do Francês.

- uso do vimaranense em todos os actos solenes, festas e celebrações da cidade, reuniões de câmara e nos meios de comunicação social.

- tradução dos Lusíadas para Vimaranense.

- criação dos Vimaranensíadas e tradução para Português.

- tradução da Bíblia, Corão, Cabala e Torah para Vimaranense. Já estamos a ver a pujança de um “no princípwio eró berbo”

- tradução de todas as placas toponímicas da cidade. Exemplo: a Avenida Afonso Henriques passa a Abenida Afwonso Henriquesh.

- criação de uma Wikipédia em Vimaranense, a Uiquipéwdia..

- disponibilização de sítios em Vimaranense, entre eles Facebook, Twitter, Google.

- criação da Monumental Academia das Letras Vimaranenses, sugerindo-se Alcides Pacheco como presidente.

- publicação de livros sobre e em vimaranense. Por exemplo: Pceberico ou Perceberico? Um estudo linguístico da mais estranha palabra da língua Bimaranwense.

- criação do Prémio Linguístico Alcides Pacheco, para a melhor obra publicada em Vimaranense.

Bámos a isso, ó Guimaráins?

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Nota Informativa aos Nossos Leitores Prezados

Por questões cujo conteúdo não importa agora escalpelizar, a edição desta semana do Oh Guimarães fica protelada para a semana que vem. Pelo facto, as nossas mais sinceras e sentidas desculpas. Prometemos voltar em grande, com uma proposta linguística fenomenal que não vai deixar ninguém indiferente, nem mesmo Malaca Casteleiro.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

32 - UMA NOVA CMG PARA GMR

Sejamos claros: quem se promenadeia pelos lados de Santa Clara sente clarividentemente que o edifício conventual mandado erguer há quase 502 anos não serve para albergar uma câmara municipal de uma metrópole como a nossa. É claro que não falamos, claramente, do que não sabemos sobre Santa Clara: se ele há espaço para arquivo, se ele há espaço para gabinetes, mais gabinetes, salas dos grandes actos, salas dos pequenos actos, refeitórios, bares, parlatórios e tudo o mais que uma grande câmara necessita. Cingimo-nos apenas à simbologia e à praxis de uma câmara. E aí a pequenez da sede conventual é evidente. Melhor ficaria se aquele largo, aquela fachada esbelta e assimétrica e o edifício que ela contém, ambos mais impregnados de poiesis que de política, albergassem um centro nacional de qualquer coisa. Daí que, e no seguimento da anual sessão de degustação de lampreia de Alcides Pacheco, Demóstenes Monteiro e Carlos Maria Brandão decorrida num restaurante discreto no refrescante Minho Alto, ambos os três não tiveram dúvida alguma em compreender, assentar e sublinhar a necessidade mais que urgente, premente e iminente de um novo edifício para uma grande Câmara Municipal de Guimarães. Assim sendo, Carlos Maria Brandão pegou num pedaço de toalha de mesa, salpicada por resquícios da cobra divina e inspirado na identidade gráfica da CMG mas conhecendo de cor a proporção volumétrica da Lever House, em NYC, desenhada pelo senhor Gordon Bunshaft, numa ou duas pinceçadas ergueu este magnífico projecto que é a nossa proposta desta semana. A concretização desta necessidade, sentida do funcional ao simbólico, oferecerá à urbe, o imponentíssimo DOMUS MUNICIPALIS VIMARANENSIS (ou, caso queiram, o WIMAR STATE BUILDING, para usar o anglofonismo da modinha). É carregar para ampliar, se quer ver. Sugere-se a sua localização na Alameda Mariano Felgueiras, local de frondosa imponência, bons acessos, shopping e hospital.






segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

31 - GUIMARÃES COMO MARCA

Numa altura em que, novecentos e tal anos depois, Guimarães se prepara para ser capital de qualquer coisa outra vez, a proposta desta semana reaviva os atributos classe, renome e reconhecimento através da ideia de marca Guimarães. Não uma coisinha de dá cá aquela palha mas algo em grande, business plan, naming, ohyeah, dotando a cidade do tonus de grandiosidade que tanto este espaço propugna. Como Toledo tem o seu Seat, como Lisboa tem o seu Tissot, como a Suiça tem os seus canivetes, Guimarães deve apostar na associação do seu nome a marcas de luxo e a produtos de grande rigor. Como já sabemos que o nome é difícil de pronunciar, ficamo-nos pelo vimaranis. Soa bem, é fácil de dizer no mundo inteiro e dito em francês, tipo vimaranissss, fica com uma categoria internacional impecável qb. Ora aqui ficam dois exemplos plenos de pura classe: o Patek Philippe Vimaranis de 156 jóias e o Aston Martin Vimaranis 2.8 TDI, disponível em versão Gondar Turbo e Brito-Max GT, um bólide conhecido por fazer zero aos cem na recta de Toriz em 3 segundos.

Patek Phillip Vimaranis e Aston Martin V8 Vimaranis 2.8 TDI.
Carregar em cada imagem para ampliar.


E mais: acaso pensais que esta cena em Siena se deve à empatia do argumentista pela Toscana? Nicles, meus caros. Isto paga-se e dá retorno. Por isso, toca lá a pressionar a Senhora Dona Barbara Broccoli para que uma ceninha ou outra do 23º Bond seja aqui entre o Castelo e a S'da Guia. Era do cacete, lá isso era: junta-se tudo ao barulho e temos o Bond a perseguir e a dar uma carga de lenha a um guna que andava a deixar mensagens terroristas em código grafitadas nas estátuas de Afonso Henriques, e depois a ver as horas no seu Patek Philippe Vimaranis e atropelar, no seu Astor Martin V8 um polícia sinaleiro ali no Campo da Feira.



Bond 23, o Bond de Guimarães:

Q, get me my Aston Martin Vimaranis and find me the shortest way to Saint Clement of Sand.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

30 - UM DIA DE FEIRA, SEIS DE ZOO.

Numa altura em que se procura dotar a zona contígua ao novo Mercado Municipal de uma maior dinâmica, é notória uma ausência – ou uma subtracção, como diria Balbi – da mais séria importância não só para aquela zona da burgo mas para uma certa ideia e conceito de cidade.

Seria da mais extrema utilidade dotar o novo recinto da feira semanal de uma valência (já agora porque não uma geminação?) nova para Guimarães. É notório que aquele frio empedrado será absolutamente inútil durante 6 dias da semana. E o que fazer naquele espaço? Deixa-lo ao abandono? Dá-lo para ser adoptado por ideias estapafúrdias? Não. É preciso ousar. Vamos ousar: vamos dotar a nova praça vimaranense de um verdadeiro pólo de atracção turística. Vamos dar a Guimarães um Jardim Zoológico!

A nova praça tem as condições ideais: é plana, é impermeável (o que é bom para as limpezas) e fica no centro da cidade. Já consigo imaginar hordas de turistas fascinados pela mistura de rugidos e de trapos ou pela cópula de roupa falsificada com merda, num esto ciclónico por entre pedaços de hortaliça e abraços de granito. Já consigo, inclusivamente, vislumbrar um portão em gradeamento férreo, à antiga inglesa, a dizer Bem-Vindo ao Zoo de Guimarães. Que pinta!

Tendo em conta que a praça foi inspirada nas eiras minhotas, em dias de muito calor pode sempre meter-se a bicharada no segundo piso do Mercado Municipal. Parece que está vazio e é feio fazer sofrer a bicheza.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

29 - O BOULEVARD MARQUES DA SILVA E A ORBITAL DE GUIMARÃES

Como é do conhecimento de todos, a actual via circular de Guimarães nunca foi verdadeiramente circular: projecto fora de tempo, serpenteia por entre montes e cumes desde o entroncamento de Covas ainda nacional 105 até àquela heróica semi-recta em direcção a Mesão Frio, já itinerário complementar número 5. Pelo meio, e em cada um dos sentidos, vias de afectação ilógicas e profundamente mal sinalizadas, geradoras de acidentes e de palavrões bem direccionados.

Ora, assentando esta estrutura num desenho completamente catastrófico e encontrando-se, desde há já tempo suficiente, a cintar o glorioso crescimento da urbe, sabemos bem que pouco há a fazer para lhe conseguir dar a volta. Ora, uma das poucas coisas que ainda se pode fazer a esta proto-circular é dar-lhe a grandeza que ela, neste estado, jamais terá. A esta hora o leitor avisado perguntará “oh, Guimarães, mas como?” Resposta: transformando-a num autêntico, real e definitivo BOULEVARD MARQUES DA SILVA, em homenagem a um dos grandes vultos do urbanismo vimaranense.

A ideia é manifestamente simples: começar a construir nas margens da via edifícios de vanguarda arquitectónica e tecnológica mas de fachada beaux-arts (aproveitando alguns esboços perdidos do próprio arquitecto que ora se homenageia, dos seus tempos idos de estudante de arquitectura em Paris). E, sempre que possível, dotar toda a extensão do actual circuito de passeios largos com plátanos e nespereiras virar o separador central, quando o há, em alameda ou rambla, acolher estacionamento gratuito para viaturas topo de gama (crê-se que, com este incentivo, surjam as chamadas lojas âncora ao estilo do que sucede aos Campos Elíseos ou ao Monte Napoleone).


Boulevard Marques da Silva: vista de Azurém. Carregar na imagem para ampliação deslumbrante.

Boulevard Marques da Silva: vista da Nova Mesão Frio. Projecto: Prof. Arqº Carlos Maria Brandão. Carregar na imagem para deslumbre imediato.



Quanto à existência de uma verdadeira circular urbana em Guimarães, ela fica devidamente acautelada através da criação da ORBITAL DE GUIMARÃES: uma nova e mega-autopista completamente circular, assente em curva larga e perfeita, entre o ar livre e o túnel ,e expandida para os limites do Concelho (ou deles passando um bocadinho, para que se não quebre a perfeição da curva). Algo do género Circunvalación M30 de Madrid ou ainda a mítica e lendária London Orbitary (a M25). Sempre com quatro faixas de cada lado e, por via das dúvidas, com portagem para quem vem de Braga.
Temos revolução? Ou ficamos quietinhos no sofá?

Orbital de Guimarães: planta de possível implementação. A tracejado, o percurso em túnel.


Orbital de Guimarães: pormenor da passagem pelo Parque Industrial de Ponte.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

28 - DOMÍNIO DE TOPO GENÉRICO .GMR

A vimaranensidade enquanto manifestação de uma vontade indómita e de um devir intensa e exclusivamente focados numa ideia de Guimarães não existe só no espaço físico, comportamental e intelectual, no dia-a-dia e em proposições arquitectónico-situacionais, artístico-desportivas e geográfico-urbanas como as que aqui trazemos. A vimaranensidade vive também nos domínios do virtual. Seja porque, como a saudade ou como a ressaca, é um conceito imaterial - e dificilmente explicável - seja porque, tal como propomos hoje, deverá tornar-se, a breve trecho, um domínio de topo genérico da internet: o ponto gmr [.gmr], a par do ponto com, ponto org ou ponto pt. Quer-se com isto apurar um sentido de vimaranensidade (geográfica, institucional, pessoal), pragmatizando-o na maior rede do mundo - a web. Abaixo se demonstra a potencialidade, o estilo e a vimaranensidade de alguns exemplos básicos de .gmr. Digam lá, excelsos leitores, se não resulta bem.




segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

27 - O CENTRO HISTÓRICO NA ERA DA SUA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA

Sejamos claros: o Centro Histórico da Cidade de Guimarães está a rebentar pelas costuras. Ele é tudo lá. Tudo o que você possa imaginar é lá. Menos os jogos do Vitória. A ideia propositória desta semana ,sob a aparente manta da complexidade, é manifestamente simples: replicar à escala 1/1 o Centro Histórico de Guimarães, Património da Humanidade. Onde? na montanha de Gonça, junto à pedreira.
Sejamos objectivos: estamos na era da reprodutibilidade e nos dias que correm tudo é replicável, inclusivé Centros Históricos patrimónios da humanidade (os engenheiros civis de Las Vegas que o digam). Com base neste ponto de partida, apoiamo-nos num outro: tudo é terraplanável. Que o digam as ex-pedreiras do Vale do Sousa, hoje quase planícies carecas onde o vento levanta poeira de granito. Pedra em Gonça é coisa que não falta pelo que se não antolha difícil a existência de matéria prima para fazer um Centro Histórico de raiz.
Sejamos aritméticos: somando um mais dois tem-se, por regra, três. E o três aqui passa por criar uma espécie de Centrohistóricolândia, réplica perfeita do Centro da cidade - do Castelo até à Porta da Vila - dotada das infraestruturas que um centro medieval, por regra, tem dificuldade em ter (pelo facto de ter sido projectado sem largura de horizontes e sem qualquer consideração pelo ordenamento de território): parques de estacionamento, grandes superfícies comerciais, vias rápidas e rotundas para escoar o trânsito irritante. Com a execução deste plano, salvaguarda-se o Centro original, descongestionando-o da terrível pressão da sua utilização e desenvolve-se exponencialmente uma zona periférica do Concelho, criando um magistral pólo de atractibilidade à escala mundial aberto aos tempos modernos, aos hotéis e às grandes circulares urbanas.
Sejamos visionários: abaixo apresentamos renderzinhos do que temos em vista: mais uma proposição tripantemente monumental desta equipa de megalómentalistas vimaranenses. Estamos certos que daqui a uns anos também este projecto será património da humanidade. Nem que seja imaterial.


Plano geral: Centro Histórico Guimarães mais Gonça igual a réplica.
(Carregar para ampliar)


Plano de pormenor: réplica do Centro Histórico em Gonça, com visualização das acessibilidades. Repare, caro leitor, que a Senhora da Guia será a Porta da Guia, local de entrada privilegiado deste Centro Neo-Histórico.
(Carregar para ampliar em todo o seu esplendor
)