segunda-feira, 14 de março de 2011

34 - Fim de Programa: A Independência de Guimarães.

O Olimpo Vimaranense: símbolo da independência da Cidade. Projecto do Arquitecto Carlos Maria Brandão, a partir de bitaites de Alcides Pacheco e Demóstenes Monteiro. Carregar para ampliar.


Ao longo de um ano, quase todas as segundas feiras, a equipa de proponentes composta por Alcides Pacheco, Carlos Maria Brandão e Demóstenes Monteiro apresentou propostas estruturais, estruturantes, revolucionárias e revolucionantes para a Cidade, Concelho e Região de Guimarães.

Trinta e três sugestões e um interlúdio depois, eis-nos no cumprimento do nosso último dever propositivo, obedecendo a uma lógica programática iniciada com os Jogos Olímpicos de Guimarães 2024 e ancorada, em crescendo, no decretar do Vimaranense como Língua Oficial de Guimarães.

É precisamente nesta esteira gradual e no seu seguimento que, depois deste percurso, apenas uma proposta resta merecedora de total sentido. Vejamo-la com atenção:

Se a cidade, a par da linguagem, é uma das maiores manifestações do humano, a cidade-estado, enquanto modelo governativo, não lhe fica atrás. Um conceito helénico, clássico, desenvolvido pela Itália e Alemanha medievais e renascentistas, assente em território, autonomia e governo próprio. Quem não se lembra – e não sente falta – da boa e velha Esparta, da República de Veneza, da mítica Liga Hanseática? Quem não se deixa fascinar por Singapura, pelo Mónaco e por Hong-Kong?

Caros concidadãos, considerando o modelo teórico-governativo acima apresentado, considerando o actual estado calamitoso do país, o seu patético e ilógico centralismo, chegou a hora de promover a desanexação de Guimarães da República Portuguesa e a sua conversão na Cidade Estado de Guimarães. É este o caminho do futuro de Guimarães, do seu Termo e de suas Gentes.

A proclamação da independência seria proferida da janela do Museu de Alberto Sampaio para um Campo da Feira pejado de pessoas. O Campo da Feira passaria a denominar-se Campo da Independência, com o devido Obelisco da Vimaranensidade, inspirado nesta proposta, alinhado na rotunda com fontanário.

Os proclamadores da Independência passariam a denominar-se Pais Fundadores, denominação essa extensiva a Mumadona Dias e a Afonso Henriques, com a nuance de Mãe Fundadora para a Condessa.

A independência celebrar-se-ia com a composição de vinte e quatro óperas alusivas ao tema, que seriam apresentadas anualmente aqui e com a realização de um grande prémio de Fórmula 1 no já famoso AUIG. O Grande Prémio teria sempre a participação de um piloto da cidade, escolhido entre os melhores alunos das escolas de condução de Guimarães.

O modelo governativo da Cidade Estado de Guimarães seria o triunvirato, à antiga Romana, mas fruto de um processo eleitoral. O triunvirato seria acessorado por um Senado e por uma Assembleia da Cidade, com competência legislativa. À antiga Grega, cumprido um ciclo governativo, os governantes retirar-se-iam da vida política activa. Seriam Ministérios do Triunvirato: Artes, Obras, Caridades, Higienes, Tesouro, Instrução, Sport, Justiças, Virtudes, Securitas e Polis.

A Polícia, ligada ao Ministério da Securitas, seria designada de Móina. Os Serviços de Informação seriam os Móina à Paisana. Toda a segurança da Cidade Estado seria coordenada a partir do Quartel Militar de Guimarães, uma espécie de Pentágono Vimaranense.

A moeda oficial seria não o Euro mas o Loudel, inspirado no de D. João I que cá se dá a ver. Um Loudel valeria cem Euros. O Loudel seria cunhado pelo Banco Central de Guimarães.

A Cidade Estado de Guimarães adoptaria a elementar bandeira Afonsina com a aposição do Escudo de Armas de Guimarães na intersecção da cruz. O Escudo de Armas de Guimarães é criado a partir do Escudo Português - país que Guimarães deu à luz e do qual fez parte durante quase nove séculos -, e da Árvore do Cavalinho, como símbolo de perpetuidade e crescimento eterno. O mote da cidade é Ne Conjugare Nobiscum e está inscrito ao longo do escudo. O modelo final da bandeira pode ser visto aqui.

O Campo de S. Mamede receberia as sedes da independência de Guimarães, dando sentido à expressão Colina Sagrada: a Sede do Triunvirato seria o edifício da Câmara Municipal de Guimarães, simbolicamente igual ao que se projectou para aqui. A Sede do Senado e da Assembleia da Cidade seria a Ágora, um projecto de natureza parlamentar, a edificar-se no Campo de S. Mamede, onde hoje se encontra a Igreja de S. Dâmaso que, mais uma vez, é transferida para local a designar.

A Cidade Estado de Guimarães, por ter o Vimaranense como Língua Oficial, fará parte da CPLP.

O Erário Público da Cidade Estado de Guimarães desenvolveria todos os esforços para que Guimarães tivesse:
a) um acelerador de partículas
b) uma central Nuclear em Balazar
c) um instituto de Energia Nuclear em Sande
d) uma bíblia de Gutenberg, na esteira do que se postulou aqui.
e) uma bomba de protões.
f) um Da Vinci
g) um Porta-Aviões ancorado no estuário do Ave.

Vamos em frente, Oh, Guimarães?
Somos homens ou somos ratos?
Tua magnanimidade à escala mundial, sim é toda a nossa aspiração, ou quê?


Alcides Pacheco, Carlos Maria Brandão, Demóstenes Monteiro fecerunt, Respublicae Vimaranensis, 2010-2011.

Sem comentários:

Enviar um comentário