segunda-feira, 18 de outubro de 2010

18 - PLAQUINHAS NAS FACHADAS

Uma das formas mais protopoéticas de atrair visibilidade para uma cidade é, como todos sabemos, a colocação daquelas plaquinhas que dizem que fulano ou sicrano pernoitou, viveu, bebeu um copo ou utilizou o wc de determinado edifício. Se há coisa que falta a Guimarães, como o sabemos também, é a protopoética propriamente dita. E se falta, que se a crie, ora pois. A ideia é simples e pode gerar um roteiro bem feito. Em estrita parceria com o mítico comércio local – seguindo o princípio leva quem paga – colocar-se-iam, em pontos estratégicos da cidade, placas assinalando a presença de figuras públicas, demasiado públicas, na cidade de Guimarães. Depois era só fazer o roteiro, um livrinho com as biografias e uma ou outra parceria com os restaurantes ou cafés nas cercanias das ditas placas. A gravação e serralharia das placas será assegurada pelo Carlos Alcino, de Souto, com quem já se assinou um protocolo de cooperação. Aqui ficam alguns exemplos:

Nesta casa pernoitou, entre 15 e 22 de Janeiro de 1947, Winston Leonard Spencer-Churchill.

Aqui viveu, entre Setembro e Dezembro de 1777, Wolfgang Amadeus Mozart.
(Esta era porreira por no Toural de cima.)

Em Fevereiro de 1776, a caminho da sua embaixada em França, o Norte Americano Benjamin Franklin, hospedou-se nesta casa, fazendo duas sessões de apresentação do seu pára-raios.

Neste Café esteve sentado, a 12 de Outubro de 1954, André Bazin.

ou

Nesta cervejaria jantou, em 2009, The Legendary Tiger Man.

E este grand finale taipense:

Nestas termas foi a banhos Lord Byron. Aqui se diz ter inventado a expressão “Glorious Eden”, que mais tarde aplicaria à vila de Sintra.

Fixolas, não?

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