segunda-feira, 28 de junho de 2010

10 - UM NOME ESTRANGEIRO PARA GUIMARÃES

Londres, London. Seine, Sena. Thames, Tamisa. Dusseldorf, Dusseldo'rfia. Rhone, Ro'dano. New York, Nova Iorque. Lugares urbanos e fluviais aparentemente sem nada em comum. Nada mais errado, como facilmente se conclui. Estes são lugares que têm tradução linguística de e para várias línguas. São, contrariando Augé, 'sim lugares'. Sim. Em Portugal dá-se o caso de apenas Lisbon ser merecedora de um 'sim-lugar', ou seja, de uma tradução para inglês, ao fim e ao cabo. Pensais, incautos, em Oporto e nos Azores mas, como concordarais, nenhum tem a seriedade e dignidade e estilo que Lisbon tem. Guimarães, como cidade magnânima em crescente afirmação universal deverá, com a maior urgência, adoptar uma denominação universal anglo-saxónica e\ou francófona capaz de:

a) fazer com que o seu nome seja pronunciado digna e globalmente da mesma forma; b) fazer com que as pessoas deixem de dizer what quando lhes respondemos a where are we from; c) dar um certo estilo ao nome da cidade. A palavra Guimarães, convenhamos, nao é dos fonemas mais bonitos que a língua portuguesa pariu e é impronunciável perceptivelmente para lá dos Pirinéus.

Assim - e reavivando um velho debate - ousamos propor, oh Guimaraes, que internacionalmente passes a ser referida e conhecida por WIMARS: primeiramente, porque se volta às alegadas origens do teu nome inicial, W(e)imaria; segundamente, porque tem uma raça impressionante sermos todos de Wimars; terceiramente, porque é fácil de pronunciar em inglês e em francês - deveremos ler este vocábulo oui-marss; quartamente, porque se estabelece, desde logo, um paralelismo fortíssimo com a mítica república de Weimar (que, como sabemos, só deu coisas boas ao mundo), facilitando assim a geminação homónima - o que quebraria a monotonia das geminações de Guimaraes com cidades menores tipo Igualada, Compiegne e K'lautern; pentamente porque tem Mars no nome e dá aquela ideia coerente de guerreiro, do deus da guerra mars-marte e isso tudo; sextamente porque se pode adoptar o clássico bowieano Life on Mars como hino internacional da cidade.

Vamos a isso, Oh Wimars?

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