Cansado da leitura histórica tradicional da sua cidade? Farto de estar cativo dos mitos, dogmas e factos da fundação da nacionalidade? Mau funcionamento do aparelho digestivo? Se respondeu sim a quase todas estas perguntas, este texto é para si, oh Guimarães. Numa altura crucial para a definição do sentido e limites do século XXI vimaranense, a cidade precisa de se reinventar. Já que mexer no presente é cada vez mais complicado, a estratégia é mexer no passado e, graças a isso, mudar o futuro. Para tal, og Guimarães, propomos uma Comissão de Redefinição do Passado Vimaranense, capaz de, com o devido rigor que só a Ciência Histórica e a metodologia de treino de Paulo Sérgio conferem, redireccionar (atenção, ninguém falou em reescrever nem em modificar, hein?) o passado da nossa ínclita cidade. E aqui a pergunta impõe-se: redireccionar para onde? E a resposta surge rápida, como um slalom do Riva pela ala esquerda: para a descoberta de um facto histórico que seja uma alternativa ou um complemento à leitura tradicional do passado da cidade. Ora, tal comissão terá por objectivo descobrir esse mesmo facto, documentá-lo e fundamentá-lo o mais completamente possível. Ora, tal facto poderá ser o achamento de uma relíquia, a comprovação de um dado histórico até então desconhecido ou outra coisa qualquer. Algo, isso sim, que permita atrair novo turismo, nova ciência, nova urbanidade, novos guias, et caetera e tal, revitalizar a economia e trazer cá milhões de pessoas. E vem de pronto e com toda a legitimidade outra questão: ah sim, e que facto? Ora aqui se deixa um ror de sugestões à altura magnânima e grandiosa da urbe:
a) Descoberta de um outro sudário na Igreja da Oliveira (descobrem-se umas catacumbas enormes que vão dar a uma capelinha minúscula e o sudário está lá, metido numa caixinha de madeira).
b) Descoberta das mais antigas gravuras rupestres do mundo e do facto das mesmas demonstrarem, sem margem para dúvidas, que Guimarães foi, também, capital da Atlântida.
c) Descoberta de oito Picassos pintados na e sobre a cidade [As Demoiselles da Rua Nova, Rua de Camões aos Cubos, Igreja da Penha com um Cachimbo, por exemplo], que permitam inaugurar uma nova fase do pintor: a fase Guimarães.
d) Descoberta de fósseis marítimos com quatrocentos milhões de anos em algumas pedras do Castelo.
e) Descoberta que o cinema nasceu em Urgezes, com o achamento de um filme de 1852 chamado Entrada de Operários para a Fábrica do Castanheiro.
a) Descoberta de um outro sudário na Igreja da Oliveira (descobrem-se umas catacumbas enormes que vão dar a uma capelinha minúscula e o sudário está lá, metido numa caixinha de madeira).
b) Descoberta das mais antigas gravuras rupestres do mundo e do facto das mesmas demonstrarem, sem margem para dúvidas, que Guimarães foi, também, capital da Atlântida.
c) Descoberta de oito Picassos pintados na e sobre a cidade [As Demoiselles da Rua Nova, Rua de Camões aos Cubos, Igreja da Penha com um Cachimbo, por exemplo], que permitam inaugurar uma nova fase do pintor: a fase Guimarães.
d) Descoberta de fósseis marítimos com quatrocentos milhões de anos em algumas pedras do Castelo.
e) Descoberta que o cinema nasceu em Urgezes, com o achamento de um filme de 1852 chamado Entrada de Operários para a Fábrica do Castanheiro.
f) Descoberta de uma adenda ao Tratado de Tordesilhas, assinada no Castelo de Guimarães, onde Castela reconhece que Portugal já conhecia e mantinha ligações com a América desde 1129.
g) Descoberta que o dinheiro foi inventado em Guimarães.
Facilitado - e muito - o trabalho da Comissão de Redefinição do Passado Vimaranense, falta o mais difícil: formá-la. Vamos a ela, oh Guimarães?
Esta gente já teve 4800 melhores dias. Oh, Guimarães, volta pra trás...
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